quarta-feira, 3 de abril de 2013

As Vezes Chove - Olindo Santana

Veio o amor me dizer adeus,
Como se o adeus eu o desejasse aceitar.
Minhas lágrimas molhadas
De tristes desenganos,


Ignoradas, transformaram-se em prantos,
Que pouco o comoveram naquele encontro.
Passado-se os anos,
Como que por engano,
Lá estava aquele amor, de longe me acenando.
Não por vingança, mas por esquecimento,
Passei por ele, como assim passa o vento,
Não como tormenta que bate e arrebenta,
Mas um simples vendaval,
Anunciando o temporal,
Que as vezes chove e não molha,
As vezes molha e não chove,
Só depende de quantas torneiras,
Tem o coração por goteiras.

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