sábado, 2 de novembro de 2013

Só Disse Adeus - Olindo Santana

Das minhas primeira lágrimas de amor,
nem uma lágrima, nem saudade, nem dor...
nem tristeza, ou remorso ou desejo...
Nada! Nem as lembranças sequer eu vejo.

Aquela espera ansiosa e imortal.
Aquele coração preso ao varal,
a espera daquele sol, no calor do verão,
nada mais são, nem jamais serão.

O velório da ilusão e da desilusão,
findaram no sepulcro de um único chão,
distante, sem retorno e sem compaixão.

Não fiquei amargo ou mais gentil...
Nem mais generoso ou mais ardil...
Só disse adeus ao doce elo infantil.



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