domingo, 30 de junho de 2013

Meu Coração - Olindo Santana


Estão em meu coração
as marcas da tua presença.
Todas as tuas carícias,
todos os teus gestos,
todos os teus sorrisos,
toda a tua impressão...
Nunca se desfizeram
e nunca se desfarão,
seja pelo frio do inverno,
seja pelo calor do verão.

Meu coração submisso,
escravo à tua vontade,
por tantos segredos noturnos,
por tantos delírios da alma,
não guarda o triste desafeto,
dos que transbordam rancores,
ou entrega aos porres suas dores.
Minhas memórias, minha história,
todas as confissões minha de amor:

" São fáceis e simples de explicar ".
- São sabores de vida!
E quem vive, só tem a ganhar.




sábado, 29 de junho de 2013

Dois Poemas - Olindo Santana

Apenas acredite
que amanhã será um dia lindo.
Que cada novo dia
poderá ser sempre melhor que o anterior.
Pense... que o amanhã será só meu e seu.
E que maravilhoso será o nosso amor!
Não posso te entregar certeza
mas posso te confirmar o meu amor.
Não posso oferecer garantias,
mas posso te doar a minha vida.




Vês o Sol da tua janela?
Sou eu te sorrindo, entrando por ela.
O meu amor que antes te buscava,
agora dorme em silêncio,
longe de toda loucura
e de toda tortura que a solidão nos faz.
Agora já não há mais procura.
Agora, encerro-me em ti
E o teu limite está dentro de mim.
E vamos os dois, pulsando no mundo,
E o mundo não tem mais fronteiras,
porque o amor tudo transcende.







sexta-feira, 28 de junho de 2013

Foi... Ficou - Olindo Santana

Foi sem o teu sorriso que tudo se desfez.
Que o meu olhar alegre, cedo entristeceu.
Que a minha esperança não anoiteceu.
E veio a tempestade e nenhuma razão.
E o céu escureceu em dia de verão.
E a lua se escondeu por falta de emoção.

Foi por tua ausência que a insônia me chegou.
Foi-se a primavera e tua rosa não brotou.
Fez-se o silêncio e nem um pássaro cantou.
E não houve calor, não houve frio, não houve amor.
Nada se colheu porque nada se plantou.
Nem um riso, nem um choro, tudo engasgou.

Ficou a agonia, testemunha da história.
Ficou o descontentamento, escrito na memória.
Ficou presente o vazio como forma de vitória.
E nada se refez, e nada se alegrou...
Não sorriu o palhaço... o bêbado não chorou...
Tudo com você se foi, e nada mais voltou.
( Olindo Santana )




Depois - Olindo Santana

Depois de tanto medo, de tanta agonia,
de tantas incertezas, povoando meus pensamentos,
sem saber ao certo se ela viria...
Se continuariam por mim, vivos, seus sentimentos.
Depois de tantas expectativas e tantos tormentos,
vejo finalmente, aquele sorriso, iluminando o meu dia,
como o sol da minha alma, já a muito não o fazia.

Meu coração, gritando de tanta felicidade,
como se esquecesse, anteriormente a ansiedade,
correu para abraçá-la, com toda a força da saudade,
e todo o impulso a que se permite a mocidade.
- Que bom que estás aqui, minha lágrima feliz!
Encontras em mim todo o bem que sempre te quis,
quando a minha própria vida, já estava por um triz!

Meus lábios em silêncio, devorando-te com o olhar,
tenta conter o desejo, mas precisa louco te beijar.
" E não mais me deixe, não mais se vá...
Veja como a vida em mim, tristemente se desfaz,
quando perdido no tempo, do teu amor eu corro atrás."
Ela me olhar carinhosa...  eu choro de alegria.
E ela apenas sussurra: - Como é boba a tua agonia!




terça-feira, 25 de junho de 2013

Uma única vez - Olindo Santana

Não digas aos meus ouvidos
o que o teu coração não sente.
Nem me estimule na boca
a tua saudade louca.

Hoje te tenho muito,
amanhã, se quer me visitas.
E de repente se faz tão pouco
o que te significo na vida.

Se com o teu beijo, então,
me roubas o sonho do coração,
deixe-me de vez logo triste,
que tristeza não alimenta ilusão.

Sofro tudo, uma única vez,
Mas não me aprisiono à saudade,
inventando em silêncio, todos os dias,
que és a minha felicidade.

















sábado, 22 de junho de 2013

Tristes Lembranças - Olindo Santana

Ainda lembro o teu soluço
rasgando minha alma
na hora do adeus.

Lembro o momento ingrato
em que todo sonho se desfez
em lágrimas caladas.

Tristes lembranças, ingratas!
Tudo se perdeu inesperadamente.
Só o choro ficou...

Para sempre!

Ficou na minha tristeza,
na visão desbotada do teu adeus,
e na incapacidade de tudo resolver.

Ficou na saudade que levaste contigo.
No teu meu medo de encarar comigo,
as incertezas do amanhã.

Nos perdemos na distância
que nos separa impiedosamente.

Mas vivemos juntos
na carência da dor presente.

Bebo minhas lágrimas
como gotas de venenos
que me adoecem, mas não me matam.

E de tristes lembranças me envolvo,
e te guardo com toda delicadeza
de quem não pode esquecer.

E te vejo no meu carinho,
e te amo nos sonhos despedaçados,
e me satisfaço por não te esquecer.

Quando é que você vai voltar?
Carinhosamente, para ti, subscrevo.





segunda-feira, 17 de junho de 2013

Ao meu amor - Olindo Santana

Quando os nossos sonhos
já não forem mais iguais,
não pense que te alimentarei mágoas,
ou tão pouco sofrerei a tristeza
de quem tudo perde.

As lembranças da felicidade
que tu me concedestes
( meu amor de todo momento ),
são lembranças suficientes
( para que sorrindo ),
eu viva sempre feliz.

Como poderia eu,
ignorar tão doces memórias.
Como poderia ser ingrato
a que me concedeu  tanta paz
e o mais atencioso carinho.

O tempo, talvez, até venha
a me afastar de ti.
Mas, o meu espírito eterno,
esse, se moverá em teu silêncio,
e se armará sempre para protegê-la.

Enquanto isso,
vivamos e amemos
cada misericordioso segundo,
como o desespero do último
sopro profundo,
que a vida mortal em visão fatal
tem antes da despedida definitiva,
deste mundo.

Não conheço ninguém,
que tenha amado tanto.
E nem alguém que se sentiu tão amado.

Por tudo eu te agradeço à Deus,
à vida e ao mundo.
O que me torna ao mesmo tempo
em o maior de todos os idólatras,
visto que, a força maior
de toda a minha indescritível gratidão:
- é pra você, que todos os dias,
acaricia suavemente o meu coração.

E, como mais eu poderia te amar.
E, como mais eu haveria de ser amado.
Se em teu amor, ao meu amor
tudo foi dado... Obrigado.








sábado, 15 de junho de 2013

Felicidade Plena - Olindo Santana

E se não for esse amor que me mate,
há de ser, de qualquer jeito, a saudade dele.
Então que me consuma a paixão,
e me permita os sonhos que eu possa ter.

Importa-me ser feliz brevemente,
a ter um coração estrangulado no peito.
Que eu leve da vida simplesmente,
o consolo do teu corpo no meu leito.

Apenas peço a memória,
dos teus olhos que tanto me toca,
os sabor molhado dos lábios teus,

e a felicidade plena
( que mesmos por breves momentos ),
a tua felicidade me concedeu.

Poesia e Verso - Olindo Santana

Quero estar bem no centro
de toda explosão de sentimento
que anima e reanima meu coração.
Me importa está vivo por dentro.
Embalado pela rede do vento,
preso às teias da paixão.

Quero faíscas de amor
incendiando este meu corpo mortal,
e no fogo eterno do universo,
encontrar alegria na dor.
E quando renascer o novo ser espiritual,
serei simplesmente poesia e verso.
( olindo santana )


sexta-feira, 14 de junho de 2013

Disse adeus - Olindo Santana


Nas ruas loucas, das grandes cidades,
o grito de tudo e de todas as coisas,
se misturam e ganham vida.
E se movem, e tomam forma,
E nos transforma.

Disse adeus a uma vidinha mansa,
lá naquele chãozinho do interior.

Disse adeus à minha corredeira,
de águas negras e frias.

Disse adeus ao meu céu estrelado
cercado pela floresta,
onde do galho da grande árvore,
assistia aos vaga-lumes em festa.

Disse adeus a essa mata,
onde ainda se cata,
a virgindade da natureza...

Disse adeus à toda simplicidade
e toda riqueza de apenas ser natural.

Mas, não pensem que aqui estão as minhas queixas!

São só lembranças, são somente saudades.

Hoje, a vida não se desprende aos ventos
e sai correndo.

Meus filhos, o tempo todo calçados,
não conhecem o sabor da grama
ou a cura que vem da lama,
nas chuvas fortes das tardes enfurecidas.

Consola-me, Senhor meu Deus,
as minhas lágrimas agora!

É tão grande a minha vontade de ir embora.

É tão grande a minha dúvida agora.

Apenas os meus pensamentos,
às vezes me trazem o silêncio.

As convulsões da alma,
carbonizam as ilusões da mente
e deixam o corpo doente.

Preciso avistar a curva do rio
na imagem da mim recordação.

Lá o sol se põe,
beijando as águas que se inflamam.

E nessa hora, até parece,
que tudo em volta tem um canto.

Definitivamente preciso voltar.

O tempo me acaricia quando estou em harmonia
com tudo o que me criou.

Lá não é o paraíso.
Mas... são as minhas raízes,
É onde eu sei sonhar e voar.

Lá todo barulho e todo tropeço
são apenas gargalhadas e quedas de amor.

Lá a vida te permite viver!

Há momentos, que apenas os meus pensamentos
fazem silêncio...












quarta-feira, 12 de junho de 2013

Foi para ti - Olindo Santana






Foi para ti, que inconsciente
meu coração se reservou.

Os meus suspiros profundos,
os meus desejos de amor,
a minha ausência do mundo.
Todo gemido calado,
na pele arrepiada,
aguardava pacientemente,
aquele encontro marcado.

Aquele momento derradeiro,
( depois de tantas buscas ),
onde o primeiro beijo,
seria o único amor verdadeiro.

E foi assim, que os nossos olhos
( que há tanto já se procuravam )
casualmente se encontraram.

E eu desprezei a lua,
que antes me seduzia tanto.
E namorei o teu encanto,
E namorei a beleza tua,
longe dos lírios dos campos,
perdido no meio da rua.

Foi para ti, o meu último carinho.
Foi para ti, a minha última atenção.
E, é para ti até hoje,
inteiramente e somente teu,
completamente o coração meu.

Beijo-te cada vez mais,
amo-te como nunca,
e é no meio de toda essa paz,
que o teu corpo gentil
navega no meu e vai
e vou eu quase febril,
de imensa paixão louca
e de louco amor mil.

Já não sou mais ansioso,
na minha inquietante solidão,
mas prisioneiro voluntário,
à disposição do teu coração.

E nele sempre hei de estar,
e hei de morrer de ser feliz,
de tantas felicidades tantas,
e de tanto viver pra ti amar.










domingo, 9 de junho de 2013

Por ti...Por você - Olindo Santana




Se abrindo as portas do meu coração,
consigo te aquecer e te abrigar,
entra e faz de mim a tua casa.
Conforta-me com a tua luz e o teu calor.
E me ajuda a te retribuir com amor.
Deixa-me ser o teu rio a te banhar,
e me abre os teus olhos
e deixa os meus sonhos dentro deles viajar.
A vida em mim é muito pouco
sem o carinho de alguém pra partilhar.


Já não sou moço, tão pouco velho.
Tenho sabedoria recolhida em minha alma,
Mas tudo isso de nada serve,
sem um campo livre para semear.
Traz a tua esperança
e deixa-me todo dia ser novamente criança,
e novamente recomeçar do melhor de mim
e te agradecer por eu ser assim.
E no teu espaço deixa-me mergulhar,
e no teu ventre, como em um oceano profundo,
faz todos os bons sentimentos germinar.
Por ti, eu me transformo em silêncio,
para reconstruir o mundo calmamente.
Para me reconstruir por você,
para renascer como um novo ser.
Para te oferecer um novo eu.
Então, a minha face, um sol aberto,
será a expressão da minha alma,
acariciando a gentileza no teu olhar.















Só eu e você - Olindo Santana

Agora, só eu e você
e os nossos momentos.
A vida lá fora,
mandei ir embora,
tranquei minha porta,
abri meu sorriso,
me entreguei pra você.
Agora a paixão
é a minha razão.
Sou eu te amando,
sem medo, sem planos,
sem o tempo correr.
Agora, só nós dois.
Você me aceitando
do jeito que sou.
E juntos, no mundo,
só eu e você,
perdidos nos sonhos,
se encontrando no amor.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

O que me dizes? - Olindo Santana

Aproveite para cantar com os pássaros
enquanto o dia, do sono dele, desperta.
Abrace gentilmente a manhã,
antes que o amanhã aconteça ou se desfaça.
Talvez seja cedo ou o cedo muito tarde,
para encontrar com a vida
e a gentileza ou a ilusão que ela nos traz.
Contudo, as sementes do céu
que os ventos espalham,
precisam de uma mãozinha para brotar,
nos canteiros de todos os que promovem a paz.
Ao repartires comigo o sono de cada dia,
não te isenta ao compromisso,
de sorrir com a minha alegria
e sofrer com a minha agonia.
O espaço acolhe as rosas,
mas sem os rios que a elas aguem,
a primavera se desnuda,
e mendiga pelo deserto
um pouco de aroma e de chuva.
Portanto, viva e reparta comigo:
"o sonho, a alegria, a realidade..."
E,...por mais breve que tudo seja,
beija comigo o destino que também te acolhe.
Por mais que no momento infeliz,
a lágrima, os lábios nos molhe.
Porque, tudo é tão passageiro,
mas a colheita pode ser generosa!
Não pense na tempestade sem o arco-íris.
sem os movimentos harmoniosos,
não só da natureza, mas de todo universo
que rege majestosamente,
da vida do grilo à vida da gente.
E então, o que me dizes









quarta-feira, 5 de junho de 2013

Amo-te - Olindo Santana

Amo-te porque te quero,
pelo puro prazer de te amar.
Amo-te porque me completa,
me equilibra.
Amo-te por toda doçura
que carregas nos lábios,
e por toda ternura
que transmites no olhar.
Amo-te porque és o meu céu
e o me chão.
Amo-te porque conseguistes
respeito em meu coração.


Amor...Amar - Olindo Santana

Eu não posso te dizer com palavras,
nem te mostrar com gestos
ou te provar, com o mais profundo
e prolongado dos beijos,
o quão desesperadamente eu te amo.

E por mais que eu te apertasse
e te colasse em mim,
mesmo assim, o meu afeto,
seriam meros rabiscos sem alma.

A verdade é: Como pode até a felicidade doer?
Doer carinhosamente!
Doer tão precisamente
que chega a ser necessária, para ser suficiente!

E se me consentes tanta felicidade,
dói-me não te provar, não evidenciar,
com a mesma intensidade,
o tanto que eu sou feliz por te amar.

E mais ainda, como fazer que você sinta,
essa dor mínima que não é dor,
mas um exagero total de amor!

E, na minha incapacidade,
sinto uma infeliz vontade de chorar.

Mas não é infelicidade,
não é arrependimento,
não é so-fri-men-to...

Porém tudo,
tudo o que eu preciso sentir,
para nunca esquecer
o tanto que esse amor me incentiva a viver.




terça-feira, 4 de junho de 2013

Coração ( solitário ) Olindo Santana

É triste um coração solitário,
e cruel a sombra fria da noite
que cai somente para torturá-lo.

Como são tristes os uivos dos ventos
que com ele, choram o mesmo lamento,
sem ninguém para escutá-lo.

Como dura o inverno
quando ao coração falta agasalho.

E como ele bate acelerado,
quando todos os seus pensamentos
estão completamente apavorados.

Seu medo cresce na imagem noturna
e no cenário da agonia
seus lábios simplesmente murmuram:
- Vai noite, sai madrugada.
Mas nem vem o dia
e nem vem o sono
e nem vem nada!

Outro dia, olhei para o céu,
e vi uma nuvem...
Um rosto pálido passando por lá.
Senti uma enorme tristeza,
porém, uma voz carinhosa
pediu-me para não chorar.
Foi então que percebi
que o coração acabara por se libertar.





segunda-feira, 3 de junho de 2013

Eu me dou pra você - Olindo Santana

Ah! eu me dou pra você
com todo prazer.
Eu te entrego a minha vida
pra você me explorar...
pra você abusar de mim
Eu me desfaço e me refaço
pelo bem do teu querer.

Sim, eu me dou pra você
em completa satisfação,
para o bem do teu coração.
Não me entrego para repartir,
me entrego para doação,
pra dizer não à solidão,
para aliviar toda a minha tensão.

Eu me entrego sem nada cobrar,
pra você me avaliar,
e somente me dá
o que de menos mereço,
porque esse preço,
eu faço questão de pagar
à submissão do teu olhar.

Eu me entrego pra você,
e que o tempo dê sua sentença.
Me entrego por conveniência,
porque tenho paciência,
de viver pra te ver feliz,
de servir pra não ser infeliz,
porque você é mais,

e eu sou menos, muito menos,
longe de toda a tua paz.






domingo, 2 de junho de 2013

Talvez - Olindo Santana

Conheço você de algum lugar.
Talvez de um beijo perdido
quando ainda criança,
talvez, um sonho esquecido
ou até, uma vida passada,
que ficou lá na lembrança...

Ah!...Sei que essa saudade,
dessas que sofre calada.
Dor de agonia,
de pura expectativa,
dor de interrogação...
Não é a toa não.

Talvez, você se recorde.
Falta coragem pra te perguntar.
Mas, o seu jeito, o seu olhar,
parecem querer me confessar:
-Que alguma coisa em nós,
insisti em nos aproximar.