sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Ama-me - Olindo Santana

Ama-me
E eu te amarei sorrindo
Porque não é tão profundo o oceano
Como é imensa a profundidade
Com que estou te sentindo.

Ama-me
Que eu me abandonarei a ti
E não será tão extenso todo o cosmo
Como a expansão feliz
Do meu feliz sorrir.

Ama-me
Para que em tua vida eu encontre o milagre
Do amor que reparti sem dividir
E liberte de vez a minha alma
Dos desertos áridos que conheci.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Para dizer que me ama - Olindo Santana

Não é preciso fazer um discurso
para dizer que me ama.
Dê-me um sorriso sincero,
um olhar carinhoso,
um abraço gostoso...

Arranca de mim
o meu desejo mortal de um beijo na alma!

Deixa-me completamente calmo,
Na hora mais infame do meu desejo insano!

Satisfaz o meu instinto profano...

Adormece em mim
e,
me desperta em ti.

- Depois de todo apetite saciado,
como ainda,
querer sair do teu lado...

Se em ti,
o meu paraíso está guardado,
e,
guardado em ti,
eu me resguardo para o paraíso encontrado.

Diz nada não!





sábado, 14 de dezembro de 2013

Nunca esqueça - Olindo

Nunca esqueça de dizer " eu te amo "
quando olhando em meus olhos,
se afastares de mim.

Mas não fale de qualquer jeito,
como se esse amor no teu peito,
fosse cheio de defeitos.

Fale-me com os lábios quase acenando,
que eu te ouvirei soletrando,
pensando que estou te beijando.

E assim, o meu coração sossegado,
que aprendeu a ler o teu, calado,
ficará na saudade, mas acariciado.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ah, esse amor - Olindo Santana

Ah, esse belo amor
que me completa a alma,
nascido quase do nada...
em um encontro meramente casual,
veio quando eu mais precisava,
e me retirou do meu próprio mal.

Eram caminhos solitários
que eu trilhava,
quando me estendeste as mãos,
e os meus pés que deslisavam
em meio a solidão,
firmaram-se e se entenderam com o chão.

E nunca mais eu derrapei,
nunca mais eu cai,
a não ser quando me atirei em você;
mergulhando tão desesperadamente,
para o fundo do teu coração.

Lá me revigorei,
lá me reconstruí,
lá eu recomecei,
lá eu estou e quero ficar.

Ah, esse amor
estava de mim tão perto,
mas, o meu coração tão cego,
passava sem te enxergar.

E agora, que morro de amores por ti,
não acredito
que nunca antes te vi...

Ah, esse amor
que me completa a alma,
esperou por tanto tempo,
com tanta calma,
que acredito que sem saber,
a minha alma,
já o amava,
antes de o conhecer,
ou simplesmente aguardava
o momento de eu o merecer.

- Olindo Santana

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ribanceira - Olindo Santana

Ah, meu coração,
levado pela ribanceira,
na quebradeira da solidão,
desses barrancos do adeus.

E os rios impiedosos,
com suas corredeiras inescrupulosas,
que tantos amores já afogou,
não acena,
não chorou,
simplesmente afundou
e roubou a esperança de um recomeço.

Ah, meu coração!
O que não vem à tona,
detona do coração.

Porque não são as enchentes que te carregam,
mas tu que carregas
os olhos cheios de lágrimas e de dor.
O teu amor não mergulhou,
afogou
e não voltará jamais.
Entenda,
se é que és capaz.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Não, Não diga Adeus... Olindo Santana

Não, não diga adeus...
Ainda restam algumas considerações...
Não quero ouvir a tua voz,
enquanto tempestades sombrias,
se formam em teu olhar.

Deixe antes, o Sol brilhar!

E depois que a chuva passar,
ouça o silêncio da esperança chegando:
lembre-se que por trás do meu rosto,
triste e envelhecido,
há um coração de criança, te amando.

E quando enfim, poder ponderar,
renasça,
não como alguém que se doou por mim,
e pereceu por tristes decepções,
" porque não sou perfeito, eu sei!"

Mas, como quem encontrou,
nas próprias recordações,
uma semente que não morreu!

Porque o amor não se desespera,
não se desencanta,
não para de lutar...
E porque principalmente,
sabe perdoar.

Porque o amor...
o amor insistir em tentar!

Aí então, me fale,
se você resolveu ou não, ficar!

Mas antes,
antes deixe toda a tempestade passar,
e as cores do arco-íris
voltarem a brilhar no teu olhar...


domingo, 1 de dezembro de 2013

Verdade e Paixão - Olindo Santana

É verdade que a paixão
faz sorrir e faz chorar.
Mas, antes que chegue o tempo
de as lágrimas enxugar,
deixo o meu sorriso brilhar,
aquecer e afastar
minha ansiedade do olhar.

Talvez, um dia,
eu até parta chorando,
ou veja a paixão se afastando...
Mas, certamente,
não me verei reclamando,
a emoção não vivida,
essa força não sentida,
que é próprio sinônimo de vida.

É verdade que a paixão
faz sorrir e faz chorar,
mas também,
faz o mundo girar,
e girar e girar...
e não sou eu
que vou o mundo parar!

- Olindo Santana


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Ela - Olindo Santana

Ela tinha um jeito assim,
meio menina, meio moça,
porém, inteiramente amor.

Ela carregava os sonhos nas mãos
porque acreditava que seria fada,
na hora em que entregasse o coração.

Ela era inocência,
acreditando que em seu caminho,
as rosas venceriam os espinhos.

Ela era muito pura,
mas ignorou que a vida era dura.
E na curva turva da estrada...

Asas ainda atrofiadas,

conheceram a estranha velocidade
com que corre a felicidade...

E a mulher nunca existiu de verdade!...



domingo, 24 de novembro de 2013

Prometo - Olindo Santana

Não posso garantir nada a ninguém,
exceto a promessa de querer bem,
de tratar bem,
de cuidar bem,
dentro das minhas possibilidades
e da minhas frágeis limitações.
E prometo ser fiel,
ser solidário,
e procurar ser justo,
porque é isso que eu sei
que posso com certeza fazer.
Prometo valorizar o sorriso sincero
e a palavra branda,
e respeitar o amigo,
como respeito o sol da manhã.
Prometo amar ao meu amor
e dele necessitar,
com a mesma dependência e carência,
que tenho do ar que me alimenta a vida,
e permite meu coração pulsar.
Prometo não medir esforços
para retribuir o que recebo a quem recebo,
ignorando contudo, a maldade,
por que não sou escravo da perversidade,
e jamais permitirei
que "Ela",
me roube a humanidade.
Garanto sim, por regra da exceção,
que meu coração tem portas e janelas,
e que pode passar por elas,
todos os bons sentimentos,
todas as boas emoções,
todos os belos corações,
que dançaremos juntos,
no meu salão da alegria, da felicidade e da poesia,
todas as lindas canções,
fruto das nossas composições,
dos nossos relacionamentos,
e das nossas interações.
Porque me será sempre bem vindo,
todo aquele
que tem o dom de acordar sorrindo.

- Olindo Santana




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Te quero - Olindo Santana

Eu não te quero ( somente )
Eu não te quero ( apenas )
Te quero pra toda a vida
Te quero pra todo momento
Te quero me abrindo o dia
Te quero me entregando a noite
E não há como me ser bastante
Cada instante da tua companhia

Vejo o tempo correr muito rápido
Nas frágeis asas do destino
"O mesmo destino que no teu coração
Prendeu o meu coração de menino"
Portanto te quero
Para que o amor não envelheça,
Para que o adulto não se esqueça,
Que amar não precisa ter um preço
Precisa apenas que se reconheça
Que há de se amar e ser amado
Por cada gesto que se mereça

- Olindo Santana
 

sábado, 2 de novembro de 2013

Só Disse Adeus - Olindo Santana

Das minhas primeira lágrimas de amor,
nem uma lágrima, nem saudade, nem dor...
nem tristeza, ou remorso ou desejo...
Nada! Nem as lembranças sequer eu vejo.

Aquela espera ansiosa e imortal.
Aquele coração preso ao varal,
a espera daquele sol, no calor do verão,
nada mais são, nem jamais serão.

O velório da ilusão e da desilusão,
findaram no sepulcro de um único chão,
distante, sem retorno e sem compaixão.

Não fiquei amargo ou mais gentil...
Nem mais generoso ou mais ardil...
Só disse adeus ao doce elo infantil.



sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Gosto de Saudade - Olindo Santana

Gosto de sentir saudade,
saudade é sempre perfeita,
é dor ardida no peito,
desmedida e sem defeito...

Saudade é doce agonia,
que não me deixa sem companhia...
o que até me alivia,
saber que não vivi em vão.

Saudade das horas que são,
mas que me nasce a poesia...
E que de outra forma seria?
não fosse a saudade no meu coração!

Saudade do teu gosto,
da primavera no teu rosto...
do teu corpo molhado...
do meu querer descontrolado.

Saudade que bem me faz,
daquela criança em paz,
do primeiro sonho audaz,
que não terei nunca mais.

Saudade se não a tenho...
saudade de algum desdenho...
saudade do melhor beijo...
saudade do que são apenas desejos...





quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Tempo e A Vida

O tempo vai, a vida fica...
E eu fico no tempo,
do tempo que a vida faz.
Nas minhas piruetas...
Nos meus atrasos,
nos meus descontentamentos,
nas minhas venetas,
meus sentimentos...
E por alguns momentos,
algumas acrobacias...
sem aplausos...
ao acaso...
na agonia...
Mas, meu coração não para,
não cala...
não estaciona...
Não são feridas!
A vida é ansiosa,
eu eu, mais ainda!
Parece que às vezes choro,
Contudo, meu rosto não molho...
Enrolo...
não o destino,
mas, a minha percepção.
É o que os tempos são!
E a vida vai,
o tempo vem...
e eu continuo correndo...
na minha inércia,
atrás de algo ou de alguém,
que eu queira e me queira bem,
também...!
Nesse vai e vêm,
do aqui ao além.



sábado, 26 de outubro de 2013

Porque Quando... Olindo Santana

Porque não foi a tua ausência que me fez sofrer,
mas, o desapego a mim mesmo.
Porque não foi o teu silêncio que me machucou,
mas, meu abandono aos meus sentimentos.
Porque me despi da minha pureza.
Porque destrocei minhas emoções.
Porque abri mão da minha essência.

Quando me invadiu o rancor,
Quando atirei-me a indiferença,
Quando não ouvi a minha consciência.

Agora sei quem não é alguém que nos faz mal:
- são nossas incoerências,
porque adiciona-se à maldade,
o sentimento ruim,
o lado perverso... descontrolado,
mas, que existe guardado,
no fundo de cada ser.

Cedi ao meu orgulho,
ao meu egoísmo desmascarado,
por uma mágoa que nem valeu à pena.

É tempo de refazer-me,
E que o meu arrependimento,
me sirva de ensinamento.
Porque com certeza, em algum outro momento,
me sentirei novamente sozinho ou desprezado.
Porém que fique o aprendizado:
somente por mim mesmo, poderei ser "mal amado"



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Apenas me ame - Olindo santana

Apenas me ame,
porque é tudo que espero de você.
O amor por si, quando é verdadeiro,
tem o poder de agradar, de livrar,
do caminhar solitário, da tristeza na alma,
do espanto no olhar,
da tristeza do adeus, nas mãos espalmadas,
ao se afastar.
Apenas me ame,
porque com o amor vem a sinceridade,
a gentileza voluntária,
a necessidade de ser, de estar,
na ascendência da felicidade,
nas proximidades da paixão,
nas batidas do coração.
Apenas me ame,
sem o compromisso das palavras,
mas, com a fidelidade dos gestos,
do cuidado exagerado,
do afago apaixonado,
do dizer calado,
do silêncio quebrado,
pelo estalo de cada beijo.
Apenas me ame,
me encha e receba,
a reciprocidade do desejo,
a ansiedade da entrega,
e a satisfação de pertencer,
a quem não se cansa de te querer,
e se dispõe a devolver,
na mesma proporção,
toda ternura, todo calor,
todo amor e paixão.
Apenas me ame, me precise,
me procure e me chame.
E me tome por teu,
para que eu não me pertença,
além dos limites da tua presença.





domingo, 13 de outubro de 2013

Os meus caminhos - Olindo Santana

Por quantos laços me envolvestes?
Porque no nó da tua cintura me prendestes?
Colastes em minha boca o teu beijo,
E me trancastes na cela do teu desejo.

Porque me desesperastes na hora do adeus?
E porque não arrependestes pelos atos teus?
Deixastes a sombra da tristeza,
navegando no mar da minha delicadeza.

E a confusão e a angústia, não desfeitas,
também me limita e me estreita,
os caminhos que posso escolher,
já que os meus caminho, não são mais você


















quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Nossos Caminhos - Olindo Santana

Eu te prometo,
que em cada amanhecer ou entardecer,
flores sorrindo ou a chuva caindo,
o mesmo sorriso e o mesmo desejo,
encontrarás em mim,
sem a menor resistência,
ou aborrecimento ou descontentamento.
Porque a estrada, na qual me vejo,
é tão suave quanto teus beijos,
e tão iluminada quanto o teu sorriso.
Porque a brisa no meu caminho,
vem do sopro gentil do teu carinho,
que me conforta e refrigera,
o espírito que antes era,
desassossegado e desconfiado.
Porque ao tropeçar no teu caminho,
encontrei a joia já lapidada,
que não era ouro, não era nada,
era uma menina assustada,
com olhos e mãos de fada,
que deixaria esta alma apaixonada,
tranquila, sossegada,
que nem um tesouro, já encontrado,
igualaria-se a tal valor estimado.
E é exatamente, por não poder ignorar,
que se no meu caminho, não estivesses lá,
e no teu caminho, não houvesse um lugar,
pra me receber, me abrigar:
não haveriam nossos caminhos,
um todo e particular,
recanto de encanto e de carinho,
é que te prometo:
o mesmo desejo, o mesmo beijo,
o mesmo sorriso e compromisso.
Que não te serei omisso.
Que te darei os meus dias,
E te esconderei as noites frias.
Para que aquecida e feliz ao meu lado,
Tenhas a vida e o sonho desejado.










terça-feira, 8 de outubro de 2013

Saudade de Você - Olindo Santana

Acordou-me o dia,
com uma lágrima silenciosa,
que não escorre, nos meus olhos,
mas que me entala,no meu peito,
entupindo, de forma misteriosa,
aquela veia majestosa,
que pulsa, bate, e sente,
mas quando não está contente,
atrofia-se, e de repente,
deixa-nos de alma mole,
e corpo completamente doente.

Como se não fosse bastante,
te amar sempre mais do que antes,
me afastar de você por instantes,
tornou-se, hoje, tão estranha agonia,
que toda a minha pele arrepia:
de medo, de paixão...
ou dessa estranha confusão,
que é sentir saudade de você,
quanto mais perto eu estou,
ou quantas vezes mais, 
possa eu te ter,
não me controlo e me imploro,
que te ame mais... e muita mais,
enquanto a vida me permita
                e sou capaz...!









segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Corre - Olindo Santana


Corre, acelera teus passos,
na solidão da nostalgia.
Ainda é cedo, mas tarde o dia,
para procurar sentimentos escassos.

Não espere que a miragem,
dos sentimentos confusos,
provoquem pensamentos escusos,
que de ti mesmo tirem vantagens.

Corre, antes que o céu se escureça,
tenha coragem, erga a cabeça,
antes que a vida te desvaneça.

Acenda a lâmpada da confiança,
acorde o arco-íris com um beijo de esperança,
e corre, alcança, depois festeja e dança!


domingo, 29 de setembro de 2013

Aquele beijo, Aquele jeito




Ah, aquele beijo!
Aquele toque de paixão...
Aquelas noites de verão,
E o céu que não mais vejo.

Sumiram as estrelas,
O calor virou inverno,
Nenhum abraço terno,
E a saudade, como contê-la?!

Triste resumo de uma vida:
- Quando palavra fica calada,
onde a ausência da amada,
é dor não dividida!

Ah, aquele jeito!
Aquele toque no coração,
Aquela eterna escuridão,
Deles, só o desejo...

- Olindo Santana





domingo, 22 de setembro de 2013

Meu Sorriso - Olindo Santana

Meu sorriso sem ti é um reflexo pálido da saudade.
E todos os meus temores e tremores,
São espasmos contínuos de saudade,
E gritos calados, solitários, de dores.

A última chance você não deu, 
Negou ao moribundo a última gota de amor.
Sem muita pressa, correu,
Colheu, e levou a última flor

Que o canteiro da minha esperança,
Adubou com risos e cultivou com paixão.
Fez de um amor adulto, um choro desesperado de criança,
E partiu!... sem endereço... sem compaixão!

Ainda não havia caído a tarde,
Quando me dei conta da solidão da noite.
Cama solitária e um grande alarde,
Ecos cortando o silêncio ao som do teu açoite.

A tua saudade, torturando minhas mãos,
Que te procuram, como se não soubessem,
Que doravante, será eterna a sensação,
De abandono, que os anos, impiedosamente, trazem.

- Olindo Santana




quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Como não te amar - Olindo Santana

Como não te amar,
se até o silêncio sussurra teu nome.
Se até a minha agonia
me pede você.

Como não te amar,
se as flores do campo
emprestam o teu perfume
e a sombra da lua
me mata de ciúme.

Como não te amar,
se o meu tempo ocupou-se de ti,
e no meu contratempo,
o meu péssimo exemplo,
é não saber sorrir,
e nem mesmo existir,
sem você em mim!



Se... - Olindo Santana

E se eu chorar,
transforma teu riso em raios de sol,
para enxugar minhas lágrimas.
Mas, se eu sorrir,
não te escondas às sombras,
porque o brilho da minha felicidade,
alimenta-se da tua presença

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Me diga meu amigo - Olindo Santana

Me diga meu amigo onde está a felicidade
que é pra lá que vou...
Me diga onde mora a saudade
tão estranha que me magoou.
Me diga se a promessa é um instante
de maldade que me afetou
Me diga onde encontro o meu sonho tão distante
que me abandonou.
Que é pra lá que eu vou...

E agora me responda sem remorso,
se esse troço já te incomodou,
se os versos de memórias que eu endorso
você já chorou.
Por que então ficou?!


Se é pra lá que eu vou...
Confesso que sozinho eu não posso
viver sem amor...
Porque preciso de carinho, esse troço
que me abandonou!
E é pra lá que eu vou...

- Olindo Santana


domingo, 14 de julho de 2013

A Lua - Olindo Santana

Alta noite, silêncio e solidão.
Ruas vazias, pensamentos à toa,
e a lua desliza pelo chão.
O coruja, amigo da insônia,
acredita que a sombra reflete na escuridão.
Mas, a verdade, é que abandonando à tristeza,
a lua desceu do céu,
e diante de seus olhos incrédulos,
se despiu em sua beleza.
A lua gritou por companhia:
- É que no céu estava muito frio!