Por que te interrogas amor,e por que me olhas assustada em dor.
Dormes, ainda é cedo,
sossega teu medo que cá estou,
e nem me vou de partida.
Não são sinais de despedida,
as malas que vês em minhas mãos.
Apenas não serei mais tua visita,
e nem me lembrarás como uma paisagem.
Porque chegaram ao fim,
as minhas aventuras e as minhas viagens.
Meu coração selvagem,
que por tantas vezes recebeu guarida
em tu a vida,
agora desarruma as bagagens,
e adormece na tua miragem,
( essa mágica realidade )
contente, feliz...
Habitando finalmente em um ninho,
que são de flores, não de espinhos,
e que por tua generosidade,
conheceu finalmente o abrigo da felicidade.
Sossega amor
que ainda é cedo,
e se queres sabe de um segredo:
liberta-me do peso das roupas,
enquanto acalmo o teu medo.
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