quinta-feira, 2 de maio de 2013

A nuvem - Olindo Santana

Passei o dia, olhando da janela,
aquela nuvem mudar de forma.
Suas incríveis transformações,
pareciam me obedecer.
Como se lesse meu pensamento,
ou procurasse me animar,
aquela nuvem, às vezes escura,
às vezes clara,
em movimentos ou parada,
tinha imagens presentes,
ou algumas fotografias raras,
que agora estão lá no passado.
Só faltava chover,
para que as imagens falassem
ou as fotografias gritassem,
tudo o que eu desejava ouvir.
A nuvem nada me disse!
Mas, me deixou indagações.
Questionou minhas convicções...
Na verdade, as nuvens nada falam.
Elas só mostram.
E a gente brinca,
a gente cria,
a gente imagina,
e elas vão se adequando às nossas considerações.
Quando criança, é tudo muito


fácil,
vivemos mais fantasias,
temos mais imaginação.
O adulto, queixoso, rancoroso...
Mal re-sol-vido!
Aprisiona a criança,
Mas também esquece de viver.
Viver, eu digo: - VIVER.
Anoiteceu, e veio a Lua,
ela também, fabrica imagens,
cria paisagens, mostra fotografias.
Vou melhorar minha consciência,
olhar com mais paciência.
A lua, alguma coisa vai me dizer!
Talvez até me diga:
- O que a nuvem falou pra você.




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